Acho que nunca falei deste vinho...
... e se já o fiz, desculpem a redundância, mas é um Arinto que se tornou hábito cá por casa. Gosto de Arintos, para mim, uma das melhores castas portuguesas, pela sua adaptabilidade, pela sua versatilidade, pela sua plenitude.
Aprecio vinhos com estrutura e frescura, aprecio vinhos com sentido de terroir e com longevidade, aprecio Arinto sobretudo com alguma evolução, e de preferência de zonas frescas e de calcário.
Gosto deste Arinto de Pancas, um terroir que a casta aprecia, um vinho de barrica mas equilibrado, um Arinto que apresenta uma leve evolução que o torna mais equilibrado e mais complexo, um vinho que não sendo um vinho extraordinário, é, na minha opinião, um bom exemplar de Arinto, um vinho consensual, muito bem feito, com longevidade, e com uma grande relação qualidade /preço.
Resumindo, gosto, recomendo, tenho na garrafeira e é presença habitual cá em casa. Neste momento, apresenta uma cor palha intensa, nariz fresco, nota cítrica e de gengibre a dar frescura ao conjunto onde se sente alguma tosta das barricas e leve amanteigado, com leves apontamentos terciários que remetem para o favo de mel. Envolvente, com cremosidade na textura, encorpado apesar no nível baixo de álcool (12,5%), bem seco, frescura evidente desde que entra até ao final, sempre fresco, sempre cítrico, mas equilibrado. Bom vinho, um bom exemplar de um Arinto de calcário, fresco e mineral, de barrica mas em perfeita harmonia com a casta.
#avinhar
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