É espumante e é do Alentejo
Já o disse várias vezes, o espumante na região do Alentejo está na moda, isto é, há vários produtores a apostar neste segmento que não era tradicionalmente explorado na região. E porque não o era? Bem, posso especular um pouco, e referir que um pouco por todo o mundo se segue (ou seguia) o modelo de Champagne, de uma região fria, onde os vinhos eram acídulos, e que a "única" coisa que os safava era uma espumantização, com um estágio prolongado e alguma dosagem para equilibrar gustativamente o espumante. Não digo que esta abordagem seja má, muito pelo contrário, falamos da região mais prestigiada de espumantes do mundo, e por isso, se é para seguir alguém, que se siga os melhores!
Contudo, nem todas as regiões são iguais, naturalmente, e pode e deve haver mais do que um modelo, e que isso também pode conduzir ao sucesso, basta pensa no caso de Prosecco, actualmente o espumante mais vendido no mundo. No Alentejo, segue-se um modelo ligeiramente diferente, e que está a ter sucesso, pelo menos, alguns apresentam um nível de qualidade bastante elevado, como é o caso dos espumantes da Cartuxa. Já tinha tido oportunidade de falar do espumante Reserva, fica agora uma breve nota sobre o espumante colheita 2012.
Trata-se de um monocasta Arinto, uma casta que não é tradicional na região, mas que avança a passos largos para ser uma casta de eleição, pois combina uma boa adaptabilidade com a frescura que traz aos lotes, frescura essencial para se produzir um espumante de qualidade. Apresenta uma leve cor dourada, aroma com evolução, fumo, favo de mel, panificação doce, um espumante elegante, de bolha fina, fresco, ainda cítrico, mas um cítrico maduro, com todas as notas doces da complexidade desenvolvida em garrafa, quer antes quer após degorgement.
#avinhar
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