quinta-feira, 28 de maio de 2020

Almeida Garrett tinto 2011 Reserva

Entre os nobres da Beira Interior



Se o vinho tivesse sido feito com castas regionais, diria que é um típico Beira Interior, num misto entre a fruta madura e a frescura, volume mas alguma elegância, mas este DOC Beira Interior (13,5%) resulta do lote das castas Touriga Nacional, Syrah e Merlot. Algum mal? Não, quando o vinho é bom.

Cor intensa, com pouquíssimos sinais de evolução, aroma vivo, com cereja preta, chocolate, alguma especiaria, leve nota de evolução aromática, com sugestão de apontamentos químicos a lembrar graxa, couro e farmácia, resina de pinheiro, muito complexo, muito vivo, muito intessante. Um vinho encorpado, um tinto seco e robusto, com equilíbrio entre a fruta madura e frescura, tanino muito polido mas ainda firme, madeira completamente integrada, muita persistência, final fresco, frutado e levemente alcoólico.

Ainda jovem, cheio de garra, a mostrar que na Beira também dá para fazer vinhos com potencial de envelhecimento, haja vontade para os fazer para durar, como este foi feito. Gostaria de abrir outra dentro de uns 5 anos, mas infelizmente já não tenho mais nenhuma.

#avinhar

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