Se és daqueles(as) que acha que só vinho (extremamente) secos é que são sérios, então, estes vinhos não são para ti!
São vinhos doces, mas não são muito doces, são elegantemente doces, são adocicados, ou "adamados" como por cá em tempos se utilizou. Contudo, há um pouco o preconceito relativamente a vinhos tranquilos que ou são (muito) secos, ou não são sérios. Nem todos pensarão assim, claro, mas muitos falam assim, com desdém quando encontram açúcar na prova de vinhos. Penso que é apenas uma questão cultural, bastará ver os casos dos vinhos tranquilos da região da Alsácia, ou os vinhos da Alemanha ou Áustria, onde o doce é um lugar comum, e com diferentes graus de doçura.
Digo isto porque só há pouco tempo conheci estes vinhos, e comecei logo por esta casa, mas uma colheita já antiga, o Clos du Bourg 1989 moelleux, e que agora tive oportunidade de provar um exemplar mais recente, o Le Mont 2009 moelleux. São vinhos que considero desconcertantes, vinhos que baralham o cérebro, sentimos que têm açúcar, mas ao mesmo tempo, são relativamente secos e frescos, uma doçura elegante e viciante, e que ajudará a quebrar o preconceito relativamente aos vinhos "adocicados".
Trata-se de um vinho monocasta Chenin Blanc, de agricultura biodinâmica, do produtor Domaine Huet da denominação Vouvray, da região do Loire, em França. Adocicado, aroma doce, notas de marmelada branca e de cera, num estilo meio-seco, um vinho fresco, mineral, bem persistente, enigmático, cativante, salivante, um grande vinho!
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