quarta-feira, 1 de junho de 2016

Blackett - Apresentação de novos vinhos

Um jantar com Vinho do Porto do início ao fim?


Sim! Essa foi a proposta de uma das mais recentes marcas de Vinho do Porto - Blackett. Um pequeno produtor, com vinhos frescos e elegantes, e gastronómicos...

Um ano após a chegada ao mercado, chegaram mais três novas referências, que foram apresentadas: Extra Dry White, Tawny Reserve e o Vintage.



O jantar foi servido no restaurante Reserva by Olivier, inserido no belíssimo hotel de charme VillaCascais. De referir que o espaço é especializado em vinhos, com uma oferta muito extensa de vinho a copo. A conhecer e provar.

Uma sequência de pratos pensados para cada um dos vinhos, que se iniciou com o Porto Branco Extra Dry, uma das novidades da noite, um vinho seco mas com final ligeiramente doce, com alguma fruta cristalizada, funcho, madeira e fruto seco, refrescante e ligeiramente cítrico com um toque exótico de funcho, que fez boa companhia a um salmão marinado.


De seguida outra novidade: Tawny Reserve. Aroma de pasas, algum fruto vermelho, leve madeira, algum fruto seco e sugestões de caramelo, num conjunto fresco, algum tanino fruto da sua juventude, de estrutura mais ligeira. Um vinho que fez boa companhia à morcela com maçã reineta.


De seguida foi o folhado de queijo de cabra, com um queijo algo intenso, com alguma gordura, as nozes também elas intensas a dar o toque de fruto seco e ligeiramente amargo e o mel a dar untuosidade e algum doce. Qual a sugestão? Tawny 10 Anos, de aroma elegante, fruto seco, bolo inglês, madeira, cheio de complexidade. Um vinho untuoso, fresco, intenso e com final persistente, que fez boa companhia ao prato.


De seguida o meu Blackett preferido: Tawny 20 Anos, aroma elegante e profundo, fruta cristalizada, frutos secos, madeira, notas caramelizadas. Um vinho que prima pela frescura e elegância, mas intenso e bem persistente, com final seco e ligeiramente caramelizado, macio e em harmonia com o aroma. Um belíssimo 20 Anos que fez excelente companhia a um carré de borrego, um prato delicioso e com alguma intensidade, que pedia um vinho com mais estrutura mas com frescura.


De seguida, o topo da marca na gama da família dos tawny: 30 Anos. Um vinho de perfil semelhante ao 20 anos, mas mais untuoso e um pouco menos fresco, igualmente amplo e muito persistente, mais concentrado. Um excelente vinho, que vez grande companhia a um (aparentemente) singelo queijo curado de cabra, mas denso, intenso, ligeiramente seco e servido com um doce.


Para terminar, uma outra novidade da noite: o Vintage 2013. O primeiro Vintage da Blackett, um vinho opaco, de aroma frutado, com notas de hortelã e algum balsâmico. Concentrado, cheio de garra e juventude, intenso, com chocolate negro, fruta preta, amplo e bem persistente, um grande vinho, com uma ligação "clássica" ao chocolate, num petit gateau com gelado de framboesa.

Resumido: Sim, é possível fazer uma refeição de início ao fim com vinho do Porto, aproveitando da melhor forma o vasto leque de opções de estilos, mas cuidado com o álcool...

Boas provas!

Avinhado a 17 de Maio de 2016.

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