sim, é raro
Feliz ou infelizmente, em Portugal, é raro termos espumantes com um estágio muito prolongado. Há uma boa meia dúzia de casas que o fazem, que apostam em topos de gama com 6, 8, 10 anos de estágio, e alguns ainda mais raros que vão a valores ainda superiores. Há, mas claramente não é a norma, aliás, como em qualquer região do mundo, pois isto implica vinhos mais caros do que os mais jovens, e portanto, para nichos.
Este é o primeiro espumante do projecto Raríssimo by Osvaldo Amado, um espumante de 2006 com dégorgement em 2018, o que lhe confere mais de uma década de estágio em garrafa, sobre borra. Um espumante DOC Bairrada, um monocasta Arinto (e para mim, o Osvaldo é o "Sr. Arinto") que apresenta uma cor palha intensa, aroma de evolução, como não podia deixar de ser, notas de favo de mel, fumo, fruta cristalizada, um vinho cremoso e elegante, seco mas evoluído, fresco, com leve salinidade e mineralidade, de bolha delicada, persistente, complexo, equilibrado. Muito bom.
#avinhar
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