Sem Igual branco 2017

Um vinho sem igual

Não há dois vinhos iguais, por isso, só por aí, o nome já estaria bem aplicado. Depois, temos também a região, também ela única, em boa verdade, também não há duas iguais, bem como o ano, as castas, a evolução dos vinhos... Discussões à parte, este é um vinho que me dá imenso prazer de beber, que encaixa perfeitamente no estilo de vinhos que mais consumo, num patamar elevado de qualidade, sem que o preço seja exorbitante.

Falo dos vinhos Sem Igual, do produtor João Camizão, na região do Vinho Verde, aqui na colheita de 2017 (a mais recente) e em magnum, que torna o vinho ainda mais especial (também está disponível em 0,75, claro). Um lote das castas Arinto e Azal, com um aroma floral, flores amargas, nota doce a lembrar baunilha (atenção, o vinho não tem barrica, não é nada disso que se fala aqui), muita nota cítrica de limão, num conjunto de aroma fresco, elegante, cativante. Em boca é muito refrescante e muito seco, dando uma grande sensação mineral, que perdura por muito tempo. Textura elegante, com leve cremosidade, um vinho de corpo moderado, com ataque refrescante e mineral, terminando com a nota floral.

Se procura um branco ligeiro e fresquinho, com gás residual (agulha), então este vinho NÃO é para si! Este é um vinho sério, que já está pronto a beber, mas que em capacidade para envelhecimento, sendo a magnum um formato previligiado para isso. Para beber jovem durante os próximos 3-5 anos, esperando depois começar a sentir as notas de evolução, e uma vez que o Arinto domina o lote, é expectável notas de cera de abelha, e mais tarde, mel e fumo.

Vinho para a mesa (ou gastronómico, se preferir o termo), um vinho que nos mantém o palato permamente limpo e fresco, sendo um excelente aperitivo, grande companhia a pratos de mar, como mariscos de confecção simples e ligeira, bem como peixes de médio porte, pois há estrutura para isso. A próxima vez que abrir uma garrafa destas vai ser para uns jaquimzinhos ou umas conquilhas com coentro e limão, fica de sugestão.

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