Foram cerca de
mil pessoas que estiveram na Alfândega do Porto para assistir à 20.ª edição dos
Prémios ‘Os Melhores do Ano’ da Revista de Vinhos. Uma cerimónia que voltou a
eleger o melhor que se faz em Portugal, mostrando também a enorme vitalidade do
sector do vinho no nosso país.
Entre os muitos prémios, destaque para o ‘Senhor do Vinho’, atribuído a
João Portugal Ramos – que já havia sido premiado como ‘Produtor Revelação 1998’,
‘Enólogo do Ano 2000’ e no que toca às práticas de ‘Viticultura’, referente ao
ano de 2010 – pela sua carreira, que em muito ajudou a mudar a enologia
portuguesa, e tributo prestado aos vinhos, em especial aos do Alentejo. Região
esta para a qual foram também os ‘Prémios Especiais’ de ‘Organização Vitivinícola’
(Vinhos do Alentejo), ‘Adega Cooperativa’ (de Borba) e o ‘Produtor do Ano’ (à Herdade
da Malhadinha Nova).
Mais do que os prémios e distinções, os “Óscares do Vinho” são o momento
alto de um ano inteiro de trabalho, são o reconhecimento do esforço e da
dedicação das pessoas que trabalham o vinho e a vinha todos os dias. Falando em
pessoas, a 20.ª edição consagrou Jorge Serôdio Borges e Carlos Alves como
enólogos do ano, o primeiro de forma absoluta e o segundo nos ‘Vinhos Generosos’.
Duriense de gema, Jorge Serôdio Borges produz vinhos de excelência com provas
dadas a nível nacional e internacional. Carlos Alves é um grande nome ligado
aos vinhos do Porto; fez a sua primeira vindima em 2003 na Calém e passados 10
anos assumiu a liderança da equipa de enologia do grupo Sogevinus. Ainda nos
vinhos generosos, a Adriano Ramos Pinto foi eleita ‘Empresa do Ano’. Também
para o Douro foi a distinção de ‘Produtor Revelação’, uma quinta com largas
tradições agora inteiramente renovada nas mãos da dupla Lima Smith, da Quinta da Boavista.
Ainda a norte, o prémio de melhor ‘Viticultura’ foi entregue à Aveleda.
Descendo um pouco, a Sociedade Agrícola Boas Quintas, no Dão, arrecadou ou
galardão de ‘Empresa do Ano 2016’ e, num mix
de duas regiões, o prémio de ‘Identidade e Carácter’ foi entregue à V Puro, pelo
trabalho desenvolvido na região da Bairrada, e em simultâneo à C2O pelos vinhos
que nos faz chegar da região do Dão.
No que toca à emblemática gastronomia portuguesa, a Revista de Vinhos
condecorou o chef Miguel Castro e
Silva com o meritório e emocionante ‘Prémio de Gastronomia “David Lopes
Ramos”’. O galardão de ‘Melhor Restaurante do Ano 2016’ foi para o Mesa de
Lemos, em Silgueiros, cabendo a distinção de ‘Cozinha Tradicional Portuguesa’
ao Gaveto, em Matosinhos. Rodolfo Tristão ganhou o título de ‘Sommelier do Ano
2016’, numa categoria que regressou nesta edição.
O Monverde Wine Experience Hotel, em Amarante, foi galardoado no ‘Enoturismo’
e ao Wine Quay Bar, no Porto, coube o troféu reservado à categoria de ‘Wine
Bar’. Se o prémio ‘Garrafeira’ viajou até à Cave Lusa, em Viseu, coube a Manuel
Tavares, em Lisboa, ganhar na categoria de ‘Loja Gourmet’. A mensagem “EA, a
inspiração bebe-se”, criada pelo Atelier Albuquerque Design para a Fundação
Eugénio de Almeida, levou consigo o prémio de melhor ‘Campanha Publicitária’.
A atribuição dos ‘Prémios Excelência’, que distingue os 30 melhores
néctares, foi outro dos momentos altos da noite. Prémios nos quais o Douro
voltou a destacar-se com 9 referências – 8 tintos e 1 branco –, seguidos
novamente pelo vinhos alentejanos com 7 distinções. À Bairrada couberam três
prémios, um deles para o único espumante a perfilar nesta lista: o ‘Kompassus
Blanc de Noirs’. Os Vinhos Verdes e o Dão inscreveram dois vinhos cada nos
premiados, ao passo que a região de Lisboa conseguiu através da Adega Mãe
entrar neste lote tão restrito. As restantes cinco distinções com o ‘Prémio
Excelência’ foram entregues aos vinhos generosos, três vinhos do Porto, um
vinho da Madeira e dois Moscatéis de Setúbal.
#avinhar
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