Mostrar mensagens com a etiqueta Tranquilo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tranquilo. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Vineadouro branco 2019 Rabigato

 Mais uma bela estreia deste novo produtor do Douro.


Um belo Rabigato, um vinho com sentido de lugar, equilibrado, e com potencial de envelhecimento, uma nova referência da Vineadouro, um produtor que se apresentou recentemente no mercado. 

Este é um monocasta Rabigato, um DOC Douro (13%) da colheita de 2019, com uma cor amarelo palha ligeira, aroma discreto, fruta branca de caroço, nêspera, pêssego, num registo elegante e mineral, uma mineralidade que se sente em boca, uma sensação férrea, um vinho de boa frescura, moderada a alta, com final salivante, algum volume, sente-se o álcool mas bem integrado, um vinho de sabores delicados, contido, que promete evolução em garrafa.

Bem seco, mas equilibrado pela textura levemente cremosa, um vinho que brilha a temperaturas um pouco acima do "convencional" gelado, releva-nos outra complexidade e equilíbrio por volta dos 12 graus.

#avinhar

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Habemus tinto 2018

"habeumus" vinho


Habemus é o nome desde vinho, um DOC Bairrada tinto de um pequeno produtor, Prior Lucas, que está a fazer um trabalho muito interessante em Souselas, uma zona da região da Bairrada que ficou um pouco esquecida no tempo e que tem muitas vinhas velhas quase ao abandono.

Esta é a colheita de 2018, o vinho que está agora no mercado, um tinto jovem, com garra e personalidade, um vinho encorpado e com boa frescura, tanino presente mas maduro, um leve toque vegetal e químico num conjunto com fruta, agradável, seco e equilibrado, que dá prazer beber.

O produtor não revela o lote das castas. A minha aposta vai para um lote de Syrah e Tinta Roriz, eventualmente com um pouco de Touriga Nacional. Qual a sua aposta?

#avinhar

sábado, 5 de dezembro de 2020

Giz rosé 2018 Vinhas Velhas

 Elegância, Frescura e Mineralidade


É assim que resumiria este vinho em apenas três palavras. O produtor, apesar de pequeno e recente, já dispensa apresentações, trata-se do projecto Giz do Luis Gomes. Este é um rosé da colheita de 2018, um monocasta Baga com origem em vinhas velhas da região da Bairrada com 10 meses de estágio em barricas em carvalho francês.

Um vinho com "apenas" 11,5%, leve cor salmonada, nariz discreto, notas de madeira, mirtilo e sugestão mineral. Muito seco, fresco e mineral, elegante mas concentrado, barrica quase imperceptível, é de uma elegância tremenda, devendo ser consumido a temperaturas mais elevadas, sempre acima dos 12 graus. Apenas 1.440 garrafas, com um PVP recomendado de 23€

#avinhar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Contradição branco 2017

 Com tradição ou contradição?


Não sei exactamente qual a tradição em Monção e Melgaço, mas sei que este Alvarinho é um vinho sério, um vinho de mesa, boa companhia para pratos de forno, seja um cabrito, um polvo ou um bacalhau. Cremoso, encorpado, boa frescura, para se beber em copo grande, a temperaturas superiores às convencionais, lá para os 12 a 14 graus, sem medo de ir até aos 16. Continua em evolução, ainda está jovem apesar de já se sentir uma ligeira evolução, penso que atingirá o seu ponto alto dentro de poucos anos.

Um DOC Vinho Verde (13%), da sub-região de Monção e Melgaço, um monocasta Alvarinho que apresenta uma cor amarelo palha intensa, um aroma com notas de toranja, ananás maduro, algum gengibre, sugestão de baunilha e brioche, um muito ligeiro apontamento de evolução, leve químico e de cera, um vinho encorpado, cremoso, boa frescura, mineral, um conjunto complexo, persistente, ainda se sente ligeiramente à barrica, mas muito discreta. Apenas 2.495 garrafas.

 #avinhar

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Casa da Passarella tinto 2009

 Chegou a hora da Casa da Passarella


Já foi apresentado o novo ícone da Casa da Passarella, um vinho da colheita de 2009 lançado em 2020, uma homenagem ao passado da casa e ao seu património vitícola, mas também um vinho que projecta o futuro da casa e do potencial da região do Dão, com vinhos de grande longevidade, de frescura, de elegância, ao nível de qualquer grande região do Mundo.

Engarrafado em 2011, é um vinho que resulta de um lote de cerca de 20 castas, com predominância de Jaen, TN, Tinta Amarela, Baga, de uma vinha com cerca de 80 anos, tendo feito 18 meses de estágio em barricas de 225l, estando em garrafa desde então.

Cor rubi, intenso mas não opaco, aroma ainda com fruta primária, cereja e fruta do bosque, notas de madeira, leve balsâmico, leve couro e químico (graxa), conjugado com leve frescura vegetal típico da região, pinheiro e caruma. Concentração mas com elegância, fresco, um vinho moderado no volume, seco, de tanino bem firme mas muito fino.

São 3.000 garrafas que estarão disponíveis a um PVP de 200€.

#avinhar

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Vinha do Convento tinto 2017

 O novo topo de gama do Conde Vimioso


Conde Vimioso é uma marca da Falua, um produtor do Tejo, que celebra este ano 20 anos, e para celebrar esse marco, foi lançada esta nova referência, o Vinha do Convento, um tinto da colheita de 2017, o novo ícone da casafeito com as castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Castelão, um lote de 11 barricas de carvalho que resultaram em 4.397 garrafas numeradas.

Um vinho com a nota terrosa do Castelão, a frescura do Cabernet Sauvignon, e com a generosidade da Touriga Nacional, no perfume e na estrutura. Um tinto ainda jovem mas equilibrado, estando pronto a beber, mas que seguramente que irá evoluir positivamente nos próximos anos.

Parabéns pelos 20 anos!

#avinhar

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Vidigueira tinto 2019 Trincadeira

 Uma novidade da Vidigueira


Foi apresentado mais um monocasta da Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito, desta vez, um vinho dedicado à casta Trincadeira, uma variedade típica na região, embora usualmente uma casta de lote. Um vinho fermentado em lagar, com 9 meses de estágio em barricas usadas de carvalho francês. Foram produzidas 13.333 garrafas, com um PVP recomendado de 7,25€.

Um vinho de cor intensa, aroma frutado, fruta madura, não em passa mas doce, ameixa e fruta preta, que se distingue pelas notas balsâmicas e pela sua frescura vegetal. Seco e encorpado, boa frescura apesar do elevado grau de álcool, que se sente, mas não está em excesso, um vinho macio, de pouco tanino e relativamente fino, frutado, com a nota vegetal presente, mentol em destaque.

Para se beber com temperatura controlada, por volta dos 16 graus. Acompanhe com pratos intensos, um borrego no forno com batata ou até mesmo com sobremesas de chocolate, como um petit gateau.

#avinhar

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Vineadouro 2019 Clarete

 Clarete, uma moda ou algo que voltou para ficar? 


De um novo produtor do Douro, em particular do Douro Superior, perto de Numão, na zona de Vila de Foz Côa, aquele que será o primeiro Clarete Doc Douro.

Um vinho de cor aberta, resultado  da mistura de uva branca e uva tinta, com um aroma muito frutado, a lembrar mais um vinho branco (pêssego e afins, notas florais) do que propriamente fruta vermelha. Elegância, tanino ligeiro e fino, leveza e frescura, um vinho que escorre bem.

Numa época em que assiste um pouco ao regresso ao passado e às tradições, fica a nota deste novo e muito pequeno produtor que tem em mente precisamente esse recuperar de património, de história, de tradição.

Uma boa estreia, que deixa água na boca para os restantes vinhos lançados.

#avinhar
#vinho #clarete #douro #portugal

terça-feira, 17 de novembro de 2020

XXVI Talhas tinto 2019 Tinta Grossa

 É tinta da nossa...


Um Vinho de Talha monocasta, feito com a "tinta da nossa", um vinho especialmente elegante para o registo, relativamente delicado, de pouca extração, com frescura suficiente para não ser pesado, pois os 14% fazem-se sentir se não o bebermos refrescado, à volta dos 12 graus, como se de um tinto de Verão se tratasse.

Cor aberta, rubi, límpido e brilhante. Aroma frutado, fruta vermelha madura, notas especiadas, barro, resina e eucalipto. Muito macio, típico alentejano, com volume apesar da sua aparente pouca extracção, um vinho que escorre bem, com uma certa elegância, resultado da frescura que tem, que apesar de moderada, dá equilíbrio. Um tinto para saborear refrescado.

Um vinho de grande exclusividade, com origem numa única Talha, que deu 980 garrafas numeradas, com um PVP que ronda os 35€. Não é muito acessível, mas é compreensível o preço, pela raridade, pelo trabalho, pela qualidade. Não deixes de o conhecer se o puderes fazer.

#avinhar
#vinho #talha #vilaalva #alentejo #portugal #wine #tintagrossa

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Titan of Douro tinto 2018

 É Douro e não é Douro.


É um Douro onde a maturação e a frescura andam lado-a-lado, uma espécie de um Dão mais maduro, isto é, temos a fruta do Douro com a frescura do Dão. Será reflexo dos solos graníticos de onde vêm estas uvas? Com certeza que tem influência, mas também da altitude. 

Nariz de fruta madura, cereja, framboesa, madura mas não compotada, complementado com uma nota mentolada, que traz frescura e complexidade ao conjunto. Em boca encontramos um tinto encorpado, denso, de elevado nível de tanino, mas equilibrado por uma elevada frescura, por um tanino fino, por uma sensação de equilíbrio que o torna fácil de beber, com um final longo, frutado e com leve chocolate negro, um leve amargo no final de boca.

Um grande entrada de gama, do projecto de um jovem enólogo já bem conhecido entre os enófilos deste país. 

#avinhar

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Quinta de Pancas branco 2015 Reserva Arinto

Acho que nunca falei deste vinho...


... e se já o fiz, desculpem a redundância, mas é um Arinto que se tornou hábito cá por casa. Gosto de Arintos, para mim, uma das melhores castas portuguesas, pela sua adaptabilidade, pela sua versatilidade, pela sua plenitude.

Aprecio vinhos com estrutura e frescura, aprecio vinhos com sentido de terroir e com longevidade, aprecio Arinto sobretudo com alguma evolução, e de preferência de zonas frescas e de calcário.

Gosto deste Arinto de Pancas, um terroir que a casta aprecia, um vinho de barrica mas equilibrado, um Arinto que apresenta uma leve evolução que o torna mais equilibrado e mais complexo, um vinho que não sendo um vinho extraordinário, é, na minha opinião, um bom exemplar de Arinto, um vinho consensual, muito bem feito, com longevidade, e com uma grande relação qualidade /preço.

Resumindo, gosto, recomendo, tenho na garrafeira e é presença habitual cá em casa. Neste momento, apresenta uma cor palha intensa, nariz fresco, nota cítrica e de gengibre a dar frescura ao conjunto onde se sente alguma tosta das barricas e leve amanteigado, com leves apontamentos terciários que remetem para o favo de mel. Envolvente, com cremosidade na textura, encorpado apesar no nível baixo de álcool (12,5%), bem seco, frescura evidente desde que entra até ao final, sempre fresco, sempre cítrico, mas equilibrado. Bom vinho, um bom exemplar de um Arinto de calcário, fresco e mineral, de barrica mas em perfeita harmonia com a casta.

#avinhar

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Claro tinto 2018

 Uma outra expressão do Castelão


Apesar de todas as reestruturações feitas nas últimas décadas, o Castelão continua a ser uma casta de referência. Claro que perdeu algum protagonismo, claro que deixou de estar no topo da lista das castas mais plantadas em Portugal, mas claro que ainda há quem a trabalhe, e bem.

Não é novo, pelo menos já aqui foi referido, que o produtor Pegos Claros é uma referência nesta casta, aliás, não trabalham outra, fazendo vinhos brancos, rosés e tintos com base nesta variedade que continua a ser referência na região da Península de Setúbal.

É uma variedade muito ao estilo velho mundo, vinhos com adstringência e acidez, que aromaticamente não são muito expressivos na fruta, puxando mais pelas notas telúricas (barro, terra molhada, cogumelos), vinhos com potencial de guarda, que costumam revelar o melhor de si com alguns anos de garrafa. 

Temos aqui uma nova referência desta casa, o Claro. Um vinho 100% castelão, claro, com uma cor ruby levemente aberta. O aroma é de expressão primária, com cereja preta, conjugado com notas de barro e folha de tabaco. Em boca, uma frescura salivante apesar da fruta madura, com algum volume apesar da elegância e da pouca extracção (visível na cor), um vinho de elegância mas não ligeiro, com concentração e persistência. Um bom castelão, Claro.

Será este o caminho para o Castelão? Não sei, pois continuo a gostar muito dos clássicos que envelhecem muito bem em garrafa, mas também me agrada esta versão mais ligeira, mais primária, para beber mais cedo (vamos ver como este envelhece).

#avinhar


sábado, 7 de novembro de 2020

Vale dos Ares branco 2018 Borras Finas

Um Alvarinho mais sério...


sério no sentido de não ter aquela exuberância aromática de muitos dos Alvarinhos jovens. Atenção, isto não é um Alvarinho de barrica, é um Alvarinho sobre borras (em inox), um sur lie, ou sobre lias como dizem nuestros hermanos ali das Rias Baixas. As borras dão complexidade aromática e dão volume ao vinho, sem a intrusão aromática e gustativa da madeira.

Esta é a colheita 2018, lançada muito recentemente no mercado, um vinho de cor um pouco mais intensa que o colheita, um aroma com apontamentos de fruta branca de caroço, mas dominado pelas notas de borra (fermento / levedura), passa de uva e alguma cera. É volumoso, textura cremosa, tem frescura e persistência, uma espécie de Alvarinho de Inverno para quem não gosta de brancos de barrica.  

Quem nunca provou, é de provar, ou melhor, é de beber.

#avinhar

domingo, 1 de novembro de 2020

Toroa tinto 2014 Pinot Noir

 e mais não digo...

... pois tenho falado várias vezes sobre este produtor (Henrique Cizeron) e sobre os seus vinhos, nacionais e internacionais, mas de facto, tenho provado e não deixo de ficar quase sempre surpreendido pela positiva, e este Pinot Noir não foi excepção.

O vinho foi feito na Nova Zelândia, na região de Central Otago, um monocasta Pinot Noir que apresenta uma cor levemente aberta, aroma com notas de cedro e alguns tostados e cacau, groselha, leves notas tercearias a remeter à couro e terra molhada. Um vinho de elegância na textura, mas com algum volume e concentração, boa persistência e frescura, leve mentolado, um tinto fino e fresco.

Acompanhou um polvo à lagareiro na perfeição, para o meu gosto, claro!
#avinhar

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Alion tinto 2015

Será possível ter quantidade e qualidade?


Um daqueles nomes que todos conhecem, ou pelo menos, já se cruzaram com o rótulo, um vinho de grande produção desta famosa região espanhola. Já bebi Valbuena 5º, nunca bebi o Único, e este, se bem me lembro, também foi a primeira vez que o bebi. Gostei do vinho, nada de extraordinário, mas bem feito, prazeroso, pelo que, decidi falar dele.

Fui pesquisar sobre o vinho, um monocasta Tinto Fino (Tempranillo), com estágio de 12 meses em barricas de carvalho (95% francês, 5% americano), sendo que, 80% das barricas eram novas. Um vinho intenso, vinhos estruturados, com barrica presente, um perfil "moderno". 

Nada de especial a destacar, mas a quantidade produzida chamou-me a atenção. Para já, falamos de uma vinha com 130ha. Não é propriamente uma parcela, trata-se de uma vinha com uma dimensão bastante considerável. Depois, o número de garrafas produzidas:

- 230.730 garrafas standard, 7.007 magnum, 580 double magnum, 78 imperial e 5 garrafas salmanazar.

7 mil garrafas magnum! Há vinhos que não atingem estes números em garrafas standard. 230 mil garrafas sandard! À e tal, o Mateus rosé produz milhões! Pois é, mas o Mateus rosé vende-se a menos de 4€, e este vende-se a quase 70€! Sim, mas o Barca Velha vende a mais de 400€! Pois, mas não são 230 mil garrafas!

Há muito o estigma de que apenas pequenas produções podem ter qualidade. Temos muito essa visão de que apenas o melhor do melhor, a selecção das videiras da parcela especial no ano da graça é que faz aquela barrica de 500l que vai dar origem ao melhor vinho do mundo. Não digo que isto não possa ser verdade, é claro que sim, seleccionamos o melhor entre os melhores e lançamos um topo de gama. Esta é, de uma forma generalizada, a realidade dos pequenos produtores.  

Por outro lado, também é possível ter qualidade e quantidade. Nem falo do Alion, para que não digam que o vinho não é assim tão bom ou assim tão procurado e admirado. Falemos então dos grandes Chateau de Bordéus. O topo de gama do Château Margaux, vinho com o nome da casa, produz mais de 200.000 garrafas ano, vendidas em primeur a mais de 400€! 

É possível ter qualidade e quantidade, é um grande desafio, mas é possível. Só ao alcance de grandes casas, não só porque necessitam de ter quantidade de matéria prima, mas também porque terão de ter adegas muito bem equipadas, equipas técnicas altamente qualificadas, e muito savoir faire. O melhor exemplo português desta realidade será o Barca Velha. Veja-se o lançamento do 2011, com cerca de 30.000 garrafas, um vinho icónico, da maior empresa portuguesa de vinhos, que irá ultrapassar os 400€ a garrafa. Não, ainda não provei o Barca Velha 2011...

#avinhar

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Vale dos Ares 2018 Limited Edition

Limitados são todos, mas este é especial


Falo do Limited Edition (LE), uma das referências do produtor Miguel Queimado e dos seus vinhos Vale dos Ares. Um projecto de pequena dimensão, com apenas 6 anos de actividade, que tem sabido crescer, pouco a pouco, e a alargar e a criar um portfolio diversificado, embora baseado numa só casta - Alvarinho, e num só lugar - Monção e Melgaço.

O LE surge para mostrar um Alvarinho com algum estágio em barrica, uma versão mais austera do que o colheita, com mais cremosidade e corpo, mas mantendo o registo de um Alvarinho, com a sua fruta e com a barrica muito discreta, com a frescura de vinhas de encosta e com alguma altitude para a sub-região, com sensação de mineralidade e com alguma complexidade.

Esta colheita de 2018 é, para mim, o melhor LE feito até agora, o mais equilibrado, o mais pronto a beber, o que me deu mais prazer até hoje dos LE já lançados. Um ano bom, a experiência acumulada, uma referência bem interessante de um produtor que vale a pena conhecer e acompanhar.

#avinhar

sábado, 17 de outubro de 2020

Pedra Cancela branco 2012 Intemporal

Intemporal...


o vinho, a região... Trata-se de uma nova referência deste projecto da região do Dão, lançado para celebrar os 20 anos da marca Pedra Cancela. Trata-se de um branco da colheita de 2012, que esteve a estagiar no produtor, um vinho com uma nobre evolução, um clássico, digamos assim, um vinho intemporal.

Feito com as castas Encruzado (50-60%), Malvasia e Cerceal, um vinho de inox cuja maturação foi feita sobretudo em garrafa, onde esteve durante cerca de 7 anos. Leve dourado na cor, um aroma austero, ainda cítrico, notas florais e com a expressão vegetal do Encruzado, a lembrar amêndoa verde. De estrutura moderada, belíssima frescura, alguma cremosidade, um vinho que combina bem a frescura e a evolução, de final muito longo e elegante.

Acompanhe com um queijo da serra (amanteigado), um polvo à lagreiro ou um cabrito assado no forno (com batata). PVP: 25€, vendido em caixas de madeira de duas garrafas.

#avinhar

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Toroa 2014 Riesling

Uma variedade alemã, um vinho feito por um português, na Nova Zelândia

É assim o mundo, global, onde não só os enólogos viajam com as castas e os vinhos, possibilitando esta combinação invulgar, mas muito interessante. O produtor é o Henrique Cizeron, e Toroa é a marca dos seus vinhos feitos na Nova Zelândia, na região de Central Otago.

Um monocasta Riesling de 2014, que apresenta um leve dourado de cor, e de aroma típico da casta, clássicas notas químicas a lembrar borracha, mas já com leve evolução, notas doces de favo de mel e de fruta cristalizada. Um vinho seco, com algum volume, de textura cremosa e com uma acidez incrível(mente alta), de final muito longo e salivante.

Belo vinho, um Riesling com a frescura de um Mosel, mas com o volume de um Alsácia.

#avinhar

domingo, 11 de outubro de 2020

Mew tinto 2016

"Meu"? O nome não entendi, mas o vinho, penso que sim


Um DOC Douro (14%), o topo de gama do projecto MorValley, um lote das castas Touriga Nacional e Touriga Franca, um vinho que impressiona. De cor ruby com tom violeta, quase opaco, apresenta um aorma relativamente discreto e elegante, de múltiplas camadas, fruta, notas florais, pinheiro, barrica, um vinho concentrado, de tanino muito polido, boa frescura, um belíssimo vinho, um grande Douro.

#avinhar


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Avinhar - Alvear PX Solera 1927

 fruta seca em estado líquido


Daqueles vinhos que todos temos de beber pelo menos uma vez na vida, é assim que eu encaro um Pedro Ximenez, seja ele de Jerez ou de Montilla Moriles, como é aqui o caso.

O produtor Bodegas Alvear, uma casa fundada em 1729, um dos produtores de referência da Andaluzia, em particular, da denominação Montilla-Moriles, uma denominação onde se fazer vinhos como em Jerez, mas onde o destaque vai para a casta Pedro Ximenez e não para a Palomino Fino, apesar de outras estarem autorizadas.

Aqui menos um PX (16%) de uma solera iniciada em 1927, que por isso lhe empresta o nome, um vinho feito com uvas em passa, secas ao sol, que depois de ser transformado em vinho, é incorporado no sistema de solera, resultando num vinho de cor carregada, mogno, com um aroma muito doce, açúcar mascavado, fico e ameixa seca, madeira, num conjunto muito untuoso, quase xarope, de acidez moderada, e que por isso, deve ser bebido bem fresco, a menos que seja muito guloso.

Para quem nunca bebeu nada assim, esta será seguramente uma boa experiência.

#avinhar