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domingo, 29 de novembro de 2020

Laura Moscatel

 a doce Laura


Tinha muita curiosidade em beber este vinho, que por vários motivos me despertou interesse. Quão diferente pode ser um Moscatel (de Alexandria) produzido na Península de Setúbal de um produzido em Jerez? Qual a influência do terroir? Será que o conseguiria distinguir em prova cega?

Pois bem, chegou o dia, e a Laura mostrou-se bem interessante. Doce, muito doce (fruta em passa, figo seco e uva em passa, açúcar mascavado, leve caramelo), um vinho de concentração, resultado do fenómeno de empassamento, mas com uma frescura interessante, nada elevada, mas qb para lhe conferir equilíbrio gustativo, com uma sensação mineral típica dos solos albariza da região de Jerez.

Não é um vinho de grande complexidade, mas é um vinho diferenciado, bem feito, e com um preço escandalosamente baixo. Mas essa parte não divulguem, para ver se não sobe muito... Já provaste algum Moscatel de Jerez? Se sim, partilha a tua experiência nos comentários.

#avinhar #moscatel #jerez


sábado, 21 de novembro de 2020

Horácio Simões 2013 Bastardo

 De bastardo, não tem nada...


... ou seja, não é um filho ilegítimo deste produtor, não é um vinho menor, é apenas o nome da casta com a qual se produz este vinho licoroso / fortificado. É verdade que a região até tem um generoso, o Moscatel de Setúbal, que acaba por ofuscar qualquer outro licoroso que se produza na região (o mesmo acontece entre o vinho do Porto e o Moscatel do Douro), mas não deixa de ser uma curiosidade muito interessante e que faz alusão aos Bastardinhos do passado.

Este era da colheita de 2013, um licoroso Palmela, com 19,5%, feito da casta tinta Bastardo. Aroma doce, notas de figo seco e algum fruto seco, um vinho doce mas equilibrado, untuoso como não poderia deixar de ser. Não sei se envelhecem bem, estava  guardar esta garrafa, mas não aguentei mais tempo. Estava cheio de depósito, isso não tem nada de mau, aliás, até é quase uma assinatura da casa de não filtar os vinhos antes de engarrafar e que com algum tempo de garrafa criam depósito.

Foi uma boa companhia ao final da refeição, já com sobremesas (já não me lembro o que foi, mas tenho ideia de ter sido uma tarte de amêndoa), e deu para muita conversa, pois mais ninguém à mesa já tinha bebido Bastardos...

#avinhar

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Aurora Manzanilla

Olá Aurora


Manzanilla é uma denominação protegida em Espanha, são vinhos fortificados produzidos em Sanlucar de Barrameda, no sul de Espanha, bem próximo de Jerez. São vinhos muito secos e de acidez moderada, com fruto seco intenso, amêndoa, noz, notas típicas de estágio em flor que é uma das assinaturas destes vinhos, com amargo evidente, salino, numa textura cremosa. 

Vinhos que hoje em dia são um pouco subvalorizados, vinhos que perderam algum do seu prestígio, embora se continue a falar dos vinhos de Jerez como sendo, juntamente com os vinhos do Porto, os fortificados mais famosos do mundo. Este vinho tem uma imagem apelativa e um preço convidativo, eliminando qualquer desculpa para que não se conheça o estilo, pois são únicos no mundo.

#avinhar

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Niepoort Moscatel do Douro

Um inesperado encontro

Pouco se fala de Moscatel do Douro, um licoroso completamente abafado pela dimensão e protagonismo do vinho do Porto. Foi o meu primeiro contacto com este vinho, nem sabia que a Niepoort tinha produzido Moscatel do Douro. Foi um encontro fortuito, encontrei-o na garrafeira de um restaurante, e foi imediatamente para o frio para que pudesse acompanhar o final de refeição.

Cor profunda, aroma doce, claro, notas de doce de laranja, alperce, açúcar mascavado, mel, flor de laranjeira, notas de madeira em fundo, um nariz muito cativante, cheio de nuances, doce mas elegante e complexo. Um vinho muito doce, mas com uma boa frescura, principalmente quando servido fresco. Uma agradável surpresa.

Questiono-me porque é que o Moscatel não está integrado na DOC Porto, um pouco como o Moscatel em Jerez, que em nada belisca os Pedro Ximenez. Esta seria uma forma de aproveitar a boleia do Porto e de ter mais uma referência na sua (já ampla) família... Questões políticas à parte, gostei do vinho, repetirei com gosto se oportuno.

#avinhar