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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

QM espumante Alvarinho Velha Reserva

 Uma referência na região


A região do Vinho Verde tem crescido no segmento dos espumantes, tal como nas restantes regiões do país, seguindo a tendência mundial do aumento de procura deste tipo de vinhos. Para mim, a região do Vinho Verde é uma das regiões do país com maior potencial para a produção de espumantes de qualidade e com estágios prolongados.

Contudo, não há muitos produtores que apostem em espumantes, e ainda menos os que apostam em espumantes com muito estágio. Em Monção e Melgaço encontramos alguns, sendo que, a Quintas de Melgaço é um deles, e para mim, conjuntamente com a Provam, os dois produtores de referência neste capítulo e que apresentam espumantes Grande Reserva no seu portfolio. Outros seguem o caminho, e já tem espumantes jovens de qualidade, falta apenas o tempo para criar mais referências.

Este é o novo Velha Reserva, um espumante DOC Vinho Verde (12%), um monocasta Alvarinho da sub-regiaõ de Monção e Melgaço, que apresenta uma cor amarelo palha intensa, aroma discreto mas complexo e fresco, com algum brioche, amêndoa amarga e sugestão de fruta branca de caroço. Um espumante seco, de textura levemente cremosa e de boa frescura, um Velha Reserva com pouca evolução compensado com elegância e frescura.

#avinhar

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lacourte Godbillon Brut Nature

 "Tão bom como Champagne"...


Champagne é muito mais do que as grandes casas, já o disse aqui várias vezes, e nem tudo o que é Champagne é bom. Contudo, também há coisas boas, muito boas, e não é por acaso que Champagne continua a ser a referência quando se fala de espumantes de qualidade.

O problema das comparações é comparar o que nem sempre é comparável, fazendo considerações vagas e muitas vezes sem nexo. Quando dizemos que um determinado espumante é tão bom como um Champagne, estamos a falar exactamente do quê? Qual o espumante em questão para esse benchmarking? Relembro, lá também há bom e também há mau.

Apesar disso, não digo que não se compare, não digo que não se tente estabelecer paralelos e perceber diferenças, mas devemos acabar com aquelas expressões do tipo "Tão bom como um Champagne", pois a única coisa que fazemos é valorizar a região de Champagne.

Bem, foi só um desabafo, pois até nem tinha nada de especial para dizer sobre este espumante em particular. Não conhecia o produtor, Lacourte Godbillon, que apresenta este Brut Nature (dosage 0 g/l), um lote de Chardonnay (50%) e Pinot Noir (50%), um Premier Cru (Écueil) da Montagne de Reims. Notas de brioche, leve fruto seco, aroma mineral, um espumante bem seco, bem fresco, muito mineral, fresco, muita persistência e bolha fina. Uma espécie de entrada de gama de luxo deste pequeno produtor, uma referência de preço acessível para a região.

#avinhar

domingo, 15 de novembro de 2020

Mumm 2006 Cuvée Lalou

Quando a perfeição é imperfeita


Quem me conhece sabe que sou fã de espumantes, e que consumo com frequência. A Mumm é uma das casas que até já tive o privilégio de visitar, em França e nos EUA, e tinha guardada esta garrafa para uma refeição que fosse digna de registo. A abertura de um Champagne topo de gama, como é aqui o caso, é sempre um momento especial, e a expectativa era alta.

De facto, é bom, tem o perfil esperado para um espumante de estágio prolongado (10 anos em garrafa), e todo ele é equilíbrio, elegância, complexidade. Aliás, é tão perfeito que se torna imperfeito, está tão bem feito e tão consensual que acaba por não ter uma personalidade forte, que lhe confira distinção. É simplesmente muito bom.

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Campolargo espumante 2013 Cercial

 Cerceal, Cercial ou Sercial?


São três castas que foneticamente são muito semelhantes. Cercial é uma casta da Bairrada, Cerceal (Branca) é cultivada nas regiões do Douro e Dão. Por fim. a Sercial é uma casta cultivada na Madeira, mas também em Bucelas (Esgana-Cão), no Douro e Dão (Uva Cão e Cachorrinho) e na região do Vinho Verde. Confuso? Sem dúvida que sim!

Para descomplicar, falemos então do espumante Cercial do Campolargo. Um espumante da colheita de 2013, feito pelo método clássico, com cerca de 1 ano de estágio sobre borras, uma produção inferior a 1.000 garrafas. Um espumante que mostra já alguma evolução em garrafa, cor palha, notas de fruto seco e cera de abelha que se juntam às notas de padaria do método clássico, um espumante cremoso, mineral, levmente salino, bolha final, elegante e persistente.

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sábado, 31 de outubro de 2020

Quinta do Rol espumante rosé 2010 Grande Reserva

 Um verdadeiro Grande Reserva


Grande Reserva é um designativo de utilização reservada, associado a um tempo mínimo de stágio sobre borras de 36 meses. Contudo, nem sempre esses 36 meses são suficientes para que o espumante desenvolva o perfil de espumante que é (para mim) expectável, pois de um estágio prolongado, espera-se um espumante com finesse, com complexidade aromática, com as típicas notas de padaria e de fermento, num registo mais terciário do que propriamente primário.

Este é para mim, um dos verdadeiros Grande Reserva que temos no mercado nacional. Não é caso único, há outros, pois aqui o designativo não é aplicado "apenas" por ter o tempo mínimo, é aplicado por o espumante ter esse perfil, por o produtor o distinguir como o seu topo de gama. Neste caso, o estágio é de quase 7 anos! 

A cor já é um leve cobre, os aromas, mais terciários do que primários, como seria expectável, com notas de biscoito e padaria em destaque, estilo bolo rei, massa doce com fruta cristalizada. Um vinho bem seco mas muito equilibrado na frescura, levemente salino, muito elegante, cremoso, bolha fina, bem persistente. Um belíssimo Pinot Noir, um espumante muito bom, com uma incrível relação qualidade / preço. É um dos meus espumantes de eleição.

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Borga espumante rosé 2013

Que grande Borga


Borga é sinómino de grande farra, de festa, e isso é sinónimo de espumante. Nomes à parte, este é um espumante do produtor Campolargo, uma referência da Bairrada, uma casa com um vasto portfolio, no qual apresenta também vários espumantes.

Este é um espumante bruto rosé da colheita de 2013, que apresenta uma leve cor salmão, aroma complexo e elegante, notas de padaria resultantes do estágio prolongado sobre borras (método tradicional), conjugado com notas de fruta, como marmelo e groselha. Bem seco, fresco, com a leve rusticidade típica de um rosé, sensação salina, um belíssimo espumante, um rosé de evolução.

Há muito que não bebia disto, e sem dúvida que contribuiu para a borga.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Marquês de Marialva espumante 2014 Cuvée Primitivo

A nova coqueluche da Adega de Cantanhede


Os espumantes da Adega de Cantanhede são sobejamente conhecidos, um produtor de referência da região da Bairrada, o último bastião das cooperativas da região que tem feito um trabalho de excelência e de referência nos espumante e não só.

Esta é uma nova referência, o Cuvée Primitivo, o novo topo de gama (nos espumantes), um espumante com 5 anos de estágio em garrafa, sendo um vinho da colheita de 2014 que teve o seu dégorgement em 2019 (60 meses de estágio), um monocasta Arinto.

Apresenta um leve dourado na cor, com um aroma complexo, de alguma evolução, notas de baunilha, favo de mel, brioche e cítrico maduro. Um espumante seco, com evolução mas pleno de vida, com frescura, elegante, um espumante para apreciadores e para beber com atenção. (PVP recomendado é de 49,90€)

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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Raríssimo 2006 Extra Bruto

sim, é raro


Feliz ou infelizmente, em Portugal, é raro termos espumantes com um estágio muito prolongado. Há uma boa meia dúzia de casas que o fazem, que apostam em topos de gama com 6, 8, 10 anos de estágio, e alguns ainda mais raros que vão a valores ainda superiores. Há, mas claramente não é a norma, aliás, como em qualquer região do mundo, pois isto implica vinhos mais caros do que os mais jovens, e portanto, para nichos.

Este é o primeiro espumante do projecto Raríssimo by Osvaldo Amado, um espumante de 2006 com dégorgement em 2018, o que lhe confere mais de uma década de estágio em garrafa, sobre borra. Um espumante DOC Bairrada, um monocasta Arinto (e para mim, o Osvaldo é o "Sr. Arinto") que apresenta uma cor palha intensa, aroma de evolução, como não podia deixar de ser, notas de favo de mel, fumo, fruta cristalizada, um vinho cremoso e elegante, seco mas evoluído, fresco, com leve salinidade e mineralidade, de bolha delicada, persistente, complexo, equilibrado. Muito bom.

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sábado, 3 de outubro de 2020

CVIP espumante Brut Nature

Sim, há espumante na região dos Açores.


Contudo, chamo a atenção para o facto do espumante não estar certificado como um vinho produzido na região, está com o selo do IVV, e isso não tem mal nenhum. Muito mais importante do que isso é que temos espumante, feito por um produtor que é uma referência na região, a CVIP - Cooperativa Vitivinicola da Ilha do Pico.

Trata-se de um brut nature, com 12% de álcool, que apresenta um aroma fresco, notas cítricas e alguns fumados a invocar o solo vulcânico, um espumante seco, com salinidade, fresco e cítrico, ligeiro, agradável, ideal para pratos ligeiros de mar, como um berbigão ao natural ou uns percebes.

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