Um inesperado encontro
Pouco se fala de Moscatel do Douro, um licoroso completamente abafado pela dimensão e protagonismo do vinho do Porto. Foi o meu primeiro contacto com este vinho, nem sabia que a Niepoort tinha produzido Moscatel do Douro. Foi um encontro fortuito, encontrei-o na garrafeira de um restaurante, e foi imediatamente para o frio para que pudesse acompanhar o final de refeição.
Cor profunda, aroma doce, claro, notas de doce de laranja, alperce, açúcar mascavado, mel, flor de laranjeira, notas de madeira em fundo, um nariz muito cativante, cheio de nuances, doce mas elegante e complexo. Um vinho muito doce, mas com uma boa frescura, principalmente quando servido fresco. Uma agradável surpresa.
Questiono-me porque é que o Moscatel não está integrado na DOC Porto, um pouco como o Moscatel em Jerez, que em nada belisca os Pedro Ximenez. Esta seria uma forma de aproveitar a boleia do Porto e de ter mais uma referência na sua (já ampla) família... Questões políticas à parte, gostei do vinho, repetirei com gosto se oportuno.
#avinhar
Sem comentários:
Enviar um comentário