Desconhecia, e foi uma verdadeira surpresa
Marcos Hehn, uma referência desconhecida da maioria, até entre enófilos, uma casa que tem como especialidade o espumante, não fosse um produtor de Távora-Varosa. Contudo, nem só de espumantes se faz a casa, e este Riesling é a prova disso.
Não sou grande apologista da plantação de castas internacionais, principalmente quando entram em detrimento das nacionais, delapidando o nosso património vitícola. Contudo, entendo um vinho como uma expressão de um terroir, e vejo uma variedade (ou lote delas) como um veículo para essa expressão, principalmente quando a variedade está (aparentemente) bem adaptada e num clima propício à produção de um bom vinho.
O nariz deixa adivinhar que se trata de um Riesling, com notas de borracha, acompanhadas de um cítrico amargo a lembrar toranja, que se sente bem em boca, conjuntamente com uma acidez crocante, num conjunto seco e muito refrescante. Um belíssimo vinho, e que terá ainda muita margem para evolução em garrafa.
Se deverá ser este o futuro de Távora-Varosa? Talvez não, mas não deixa de ser um vinho muito curioso, uma pequena produção que terá o seu espaço, principalmente junto dos enófilos que procuram propostas diferentes.
Avinhado a 7 de Maio de 2018
#avinhar
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