sexta-feira, 28 de julho de 2017

Ditado Vinico #10

"Contra provas, não há argumentos" Avinhar


Quer conhecer um vinho? Então terá de o provar! 

Há diversos tipos de provas, mas que de uma forma geral se podem dividir em dois grupos: provas técnicas e provas hedónicas. Nas provas técnicas temos as provas das câmaras de provadores das CVR's, as provas de concursos, e outras provas onde por norma se cospe e onde deve haver uma ficha (técnica) de prova, avaliando os vinhos normalmente às cegas, focados sobretudo nas falhas técnicas, para penalizar os vinhos. Nas provas hedónicas, normalmente o que se procura são as virtudes, a quantidade de prazer que o vinho nos proporciona, muitas vezes sem ficha de prova e normalmente com o rótulo à frente.

Por falar de provas às cegas, recordo um artigo muito interessante do Pedro Garcias, publicado no Fugas, onde é colocada a questão se provar um vinho às cegas será o mesmo que dormir com a Cláudia Schiffer de luz apagada. Será? Bem, de facto, às cegas estamos só a avaliar o líquido, sem condicionalismos de rótulos e de todo o marketing implícito na garrafa, sendo a forma mais correcta e talvez democrática de avaliar um vinho num concurso ou numa câmara de provadores, mas será a melhor forma para uma prova hedónica?

A questão que coloco é: Será que dormir com a Cláudia Schiffer com as luzes acesas será o mesmo do que com as luzes apagadas? Certamente que não, e por isso é que o Marketing existe! Goste-se ou não, as mensagems subliminares alteram a percepção que temos de um produto, seja ele qual for, e se no dia-a-dia consumimos o vinho de rótulo à frente, porque não provar também de rótulo à frente? Não sou extremista, penso que consoante o objectivo da prova deverá ser determinado se é prova cega ou não, com vantagens e desvantagens em cada método. Seja como for, se quiser conhecer um vinho terá de o provar, e contra factos não há argumentos!

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#avinhar

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