De bastardo, não tem nada...
... ou seja, não é um filho ilegítimo deste produtor, não é um vinho menor, é apenas o nome da casta com a qual se produz este vinho licoroso / fortificado. É verdade que a região até tem um generoso, o Moscatel de Setúbal, que acaba por ofuscar qualquer outro licoroso que se produza na região (o mesmo acontece entre o vinho do Porto e o Moscatel do Douro), mas não deixa de ser uma curiosidade muito interessante e que faz alusão aos Bastardinhos do passado.
Este era da colheita de 2013, um licoroso Palmela, com 19,5%, feito da casta tinta Bastardo. Aroma doce, notas de figo seco e algum fruto seco, um vinho doce mas equilibrado, untuoso como não poderia deixar de ser. Não sei se envelhecem bem, estava guardar esta garrafa, mas não aguentei mais tempo. Estava cheio de depósito, isso não tem nada de mau, aliás, até é quase uma assinatura da casa de não filtar os vinhos antes de engarrafar e que com algum tempo de garrafa criam depósito.
Foi uma boa companhia ao final da refeição, já com sobremesas (já não me lembro o que foi, mas tenho ideia de ter sido uma tarte de amêndoa), e deu para muita conversa, pois mais ninguém à mesa já tinha bebido Bastardos...
#avinhar
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